terça-feira, 28 de agosto de 2012

Meio Ambiente: Muncipalização da Coleta de Lixo já!


Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - PSTU:
Cascavel para os trabalhadores!

 


Não a construção do Shopping no Lago!
A privatização da coleta significou despejar milhões e milhões de reais de dinheiro público nas empresas privadas durante décadas. A Engelétrica recebe cerca de R$ 1,6 milhões/mês de dinheiro público para explorar o serviço. Este dinheiro poderia ficar com o município e ser investido em benefícios para a população e melhores condições de trabalho e salário para os trabalhadores.
Precisamos também investir pesado na contratação de servidores, com bons salários e estabilidade no emprego, para garantir que a coleta seletiva seja realizada em toda a cidade através de uma ampla campanha educativa. Bem como na revitalização de nossos rios, garantindo a mata ciliar e a limpeza cotidiana de suas margens.
Não toleraremos também que o poder econômico sobressaia-se em detrimento da preservação do meio ambiente. Não toleraremos a construção de nenhuma obra que acarrete em danos ambientais.

Bandeiras:
  • Municipalização da Coleta do Lixo!
  • Em defesa do Rio Cascavel. Não a Construção de um Shopping no Lago. Construção de uma área de lazer naquele local, com pista de skate e bike profissional, quadras de esportes (vôlei, areia, futebol, basquete...), pista de corridas, play ground e aparelhos para prática de ginástica.
  • Coleta Seletiva em 100% da cidade.
  • Educação Ambiental nas escolas.
  • Não existe desenvolvimento sustentável no capitalismo.




sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Lutar contra a homofobia: pelo direito à diversidade



Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - PSTU:
Cascavel para os trabalhadores!

Em termos teóricos, a palavra homofobia refere-se à aversão (fobia) a homossexuais; em termos concretos, se traduz em práticas que discriminam e oprimem aqueles que têm orientação sexual diferente da heterossexual – tida como “normal”, por ser majoritária.

Somente no Brasil, algo em torno de 15 milhões de pessoas têm comportamento homossexual. Apesar desse número expressivo, a discriminação é intensa. Uma pesquisa recente, realizada com 416 homossexuais do Rio de Janeiro, revelou que 60% dos entrevistados já tinham sido vítimas de alguma agressão e 58,5% já enfrentaram alguma discriminação ou humilhação. 

Outra evidência da homofobia é o resultado de uma pesquisa realizada com cinco mil professores do ensino fundamental e médio, no final de maio passado: 59,7% deles declararam ser inadmissível que uma pessoa possa ter experiências homossexuais e 21% disseram não desejar ter um gay ou uma lésbica como vizinhos.

Quanto mais o comportamento homossexual choca-se com o “padrão” definido como “normal”, maior é a violência. Entre os transexuais e travestis, 42,3% já sofreram algum tipo de violência. Isso também “explica” a extrema violência enfrentada por mulheres (particularmente negras) quando assumem seu lesbianismo, fugindo do “padrão” que lhe reservava o papel de objeto sexual dos homens.

Segundo o Grupo Gay da Bahia, entre 1963 e 2001, foram registradas, no Brasil, 2.092 mortes, cuja motivação foi a homossexualidade da vítima. Esse número deve ser muito maior, pois, em muitos casos, familiares procuram abafar os crimes e a polícia nada faz para desvendá-los. 
Aliás, impunidade é outra marca registrada da homofobia. São raros os casos de prisão e punição dos culpados. Exceções só como no caso de Edson Néris (espancado até a morte, por skinheads, em São Paulo, em 2000), quando a mobilização contribuiu para a prisão e a condenação de vários dos assassinos.

Raízes históricas e práticas cotidianas

Nas raízes da homofobia há um pouco de tudo: a consagração da figura do homem heterossexual como sinônimo do poder, a opressão da mulher, “teorias” científicas infundadas, o obscurantismo religioso etc. 

Independentemente da origem, o fato é que a ascensão do cristianismo resultou no aumento da discriminação aos homossexuais. Durante a Inquisição, dezenas de milhares de gays e lésbicas morreram nas fogueiras. Outros milhares foram presos, perseguidos e deportados. 

Práticas semelhantes foram utilizadas pelo nazismo, que encarcerou e matou centenas de milhares de homossexuais nos campos de concentração (onde eram obrigados a utilizar um triângulo rosa na roupa – que, hoje, é um dos símbolos do movimento). No nazismo, o argumento era “científico”, baseado em teorias do século 19, cunhando o termo “homossexualismo” como doença. Aliás, essa concepção durou até 1985, quando a Organização Mundial da Saúde foi obrigada a retirar a homossexualidade de sua lista de patologias.

É preciso ir às ruas lutar pela criminalização da homofobia, pela união civil e por igualdade de direitos. É preciso enfrentar os covardes skinheads e demais homofóbicos com ação direta e politizada. É preciso retomar o orgulho GLBT.

Para nós do PSTU, a luta pelo fim definitivo do preconceito é a luta por outra sociedade, verdadeiramente igualitária, uma sociedade socialista. Somente acabando com a exploração e reconstruindo a sociedade sobre outras bases é que iremos enterrar de vez todo o ódio e a discriminação.


PROPOSTAS:
  • Luta pela Criminalização da Homofobia - aprovação do PLC-122!
  • Queremos o casamento civil com direito de adoção, queremos uma educação pública voltada para o respeito à diversidade sexual, queremos um Estado laico e, por fim, queremos uma sociedade sem preconceitos e que todos tenham o direito à felicidade.
  • Por último precisamos exigir da presidente Dilma para que aprove a distribuição do Kit anti-homofobia nas escolas!
  • Criação de Material Didático Municipal pela diversidade e anti-machismo/racismo/homofobia a ser elaborado conjuntamente com as organizações sindicais e populares.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Municipalização do Transporte Coletivo! Que os lucros das empresas fiquem com o povo de Cascavel!


Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - PSTU:
Cascavel para os trabalhadores!

Municipalização do Transporte Coletivo já! 
Que os lucros das empresas fiquem com os trabalhadores de Cascavel.



























Empurra-empurra na entrada, passinhos à frente para o embarque de mais passageiros, mulheres com crianças e idosos enfrentam cotidianamente ônibus lotado. Alguns ônibus passam direto pelos pontos, por falta de espaço. O tempo de espera do trabalhador que não vê a hora de chegar em casa, aumenta ainda mais. Alem dos baixos salários, alguns motoristas dirigem e cobram as passagens ao mesmo tempo. Como se não bastasse o preço da passagem é exorbitante (R$ 2,40) e o serviço prestado é de péssima qualidade.


Apesar das dificuldades do acesso a informação pode-se prever que milhões de trabalhadores trafegam por ano pelos terminais de Cascavel pagando R$ 2,40. Só no mês de março de 2012 foram arrecadados pelas empresas concessionárias quase 5 milhões de reais, um acréscimo de 22% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Se estendermos esta arrecadação para os próximos meses poderíamos dizer que as concessionárias arrecadam por ano cerca de R$ 40 milhões, dinheiro este retirado de todos os trabalhadores para enriquecer poucas famílias da cidade.

São dezenas de milhares de estudantes que utilizam o transporte público de Cascavel. Com uma fatia bem pequena dos lucros das empresas concessionárias garantiríamos passe livre a todos os estudantes de Cascavel. Instituiremos o passe livre imediatamente, a partir dos lucros das concessionárias, combinado com a municipalização do transporte.

Golpe nos trabalhadores!
Como se não bastasse, o Prefeito Edgar Bueno contou com o apoio da Câmara de Vereadores na última sessão do ano de 2011 (mesma sessão em que aumentaram seus próprios salários em 55%) para renovar o contrato com as empresas privadas de transporte coletivo por 10 anos sem licitação.

Fim da Vale Sim!
A empresa Vale Sim que deveria fiscalizar a qualidade do transporte coletivo da cidade é comandada pelos donos das empresas concessionárias.  O lobo cuidando do galinheiro. Estes mesmos senhores também cobram um preço abusivo dos trabalhadores na troca das carteirinhas danificadas (cerca de 20,00).

É preciso municipalizar o transporte coletivo para que o lucro das empresas possa ser utilizado em beneficio da população de Cascavel, melhorando o salário e as condições de trabalho de motoristas e cobradores, barateando o valor da passagem e garantindo passe livre aos estudantes.
 
Bandeiras

  • Passe Livre para estudantes e desempregados pagos com os lucros das concessionárias.
  • Municipalização do Transporte Coletivo para diminuir o valor do vale transporte e melhorar a qualidade do serviço e garantir melhores condições de Trabalho (estabilidade) e de salário a cobradores e motoristas.
  • Motorista não é cobrador – exigir das empresas contratação de cobradores para acabar com a dupla função e os problemas gerados pelo acúmulo de tarefas.
  • No funcionalismo público todos os servidores passarão imediatamente a receber o vale transporte em dinheiro (Auxílio Transporte).
  • Extinção da Vale Sim e retorno do antigo Vale Transporte iniciando um diálogo com os trabalhadores e as empresas no intuito de instituir o vale transporte no município em dinheiro (auxilio transporte) que dá opção aos trabalhadores sobre o seu uso. 

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Uma saúde pública eficiente, acolhedora e preventiva.


Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - PSTU:               
Cascavel para os trabalhadores!
Uma saúde pública eficiente, acolhedora e preventiva.


 CARÊNCIA NO NÚMERO DE LEITOS.
Segundo dados do IBGE, nos últimos 10 anos o Brasil perdeu 53 mil leitos, o que torna a situação da saúde ainda mais crítica. Informações que apontam que aproximadamente 70% dos leitos disponíveis nos hospitais no Brasil - e em Cascavel também - são privados.   Do total de leitos privados, 70% são financiados pelo SUS.

Houve redução de 62.767 leitos privados, mas houve também uma pequena ampliação no número de leitos públicos (9.818). No fim das contas, o Brasil perde 52.949 leitos - praticamente na rede privada, que tem investido em ambulatórios e clínicas, com menos recursos do que os necessários para manter um leito hospitalar, aumentam o lucro realizando procedimentos e até cirurgias que antes eram realizadas em ambiente hospitalar.

Em Cascavel temos 765 leitos, dos quais 210 são públicos e 555 são privados. Dos privados temos 405 que estão disponíveis para atendimento pelo SUS. Ou seja, os hospitais privados de Cascavel e do país são fundamentalmente sustentados pelo SUS. Isso significa que 70% da assistência hospitalar é privatizada em nosso país. Em 1995 foi reservado para a saúde 12% da receita da união, já em 2011 caiu para 7,3% e destes apenas 3,3% foi pra a saúde pública. É preciso aplicar 100% do orçamento da saúde na saúde pública e parar de enriquecer donos de hospitais privados que sobrevivem do dinheiro público graças a ausência de uma política pública de expansão do acesso a atenção básica e crescimento dos leitos públicos.

Segundo recomendação do próprio Ministério da Saúde é necessário para garantir padrões aceitáveis de saúde em uma cidade a existência de três (03) leitos para cada 1000 habitantes. Em Cascavel temos uma população aproximada de 290 mil habitantes, ou seja, deveríamos ter 858 leitos e temos apenas 765. Estão faltando aproximadamente 100 leitos. Isso corresponde a metade do número de leitos do Hospital Universitário. Lembramos que os 765 leitos de Cascavel estão disponíveis para a população de toda a região Oeste e não somente para a população de Cascavel. Isso agrava o problema e reforça ainda mais a necessidade da construção de um Hospital Público na cidade.

Segundo dados retirados da cartilha A Saúde no Brasil, lançada em 05 de Junho de 2010 por diferentes Sindicatos de Trabalhadores da área ligados a CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular, os leitos em hospitais privados chegam a custar 2,5 vezes mais do que em um hospital público. Percebemos aí um grande desperdício de dinheiro público que poderia ser mais bem aproveitado se investido na construção e manutenção de hospitais públicos, e principalmente, se investido na atenção básica.

É preciso investir na construção de um Hospital Público Municipal, reivindicação histórica dos trabalhadores da cidade, combinada com a ampliação do número de leitos no HU.

ATENÇÃO PRIMÁRIA PRECÁRIA.
A falta de leitos é agravada ainda mais por que o primeiro nível de assistência, que deve ser ofertado pelas unidades básicas de saúde, unidades de saúde da família e outros, não conseguem resolver todos os problemas que o município tem responsabilidade.
 
A luta pelo aumento dos leitos públicos deve estar atrelada a melhoria da qualidade na Atenção Primária que pode e deve resolver pelo menos 80% dos problemas de saúde da população sob sua responsabilidade, antes de precisar encaminhar aos hospitais. Ou seja, detecta a origem dos problemas e procura resolver, diminuindo a necessidade da população recorrer a um tratamento hospitalar. Problemas de saneamento básico, transporte público, sobrecarga, doenças e acidentes de trabalho, saúde do trabalhador, assédio moral, poluição gerado por indústrias, violência doméstica, machismo, homofobia, abuso sexual e racismo, problemas alimentares, etc. podem ser detectados e combatidos através das UBS´s de uma forma combinada com a comunidade. Isso significa mais investimento, mais médicos, enfermeiras, agentes de endemias, assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, etc. Significa também melhores condições de trabalho e salário, como redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redução do atendimento para a população.

Atualmente reina o caos. O número de abrangência recomendável para as UBS´s e PSF é no máximo 3000 pessoas. Porém são atendidas em média 20.000 pessoas pelas equipes de saúde o que torna o atendimento seletivo, com acesso restrito (classificação de risco), centrada no indivíduo, pautada no modelo biomédico, focalizada nas regiões mais pobres e principalmente para quem não tem plano de saúde privado.

É urgente a ampliação das equipes de saúde, passando das atuais 10 para 87!

Essas equipes precisam ter autonomia e condições de trabalho para planejar, em conjunto com a comunidade, ações e meios mais adequados para intervir. Deve se pautar na determinação social das doenças garantindo acesso amplo com acolhimento (humanização), com equipes multiprofissional completa que garanta o vínculo e a continuidade dos cuidados.

Para isso, alem de haver um maior comprometimento do governo federal, na aplicação de 10% da receita bruta será necessário investir 100% do orçamento municipal na saúde pública, principalmente no 1º nível (atenção primária).

Infelizmente mudam-se governos e o caos na saúde pública permanece. O primeiro orçamento de Dilma separa 49,5% de tudo o que é arrecadado no país (PIB), entre impostos e taxas, para os banqueiros. Enquanto isso, apenas 2,92% vai para a educação e 3,53% para a saúde. A Organização Mundial da Saúde recomenda investir 6% do PIB no sistema de saúde.
Isso nunca aconteceu, é como se você tivesse entregando metade de todo seu imposto de renda e das taxas sobre os produtos que você compra para os bancos. É por isso que falta dinheiro para a saúde. É por isso que a situação da atenção básica está como está. É por isso que faltam leitos, que pessoas morrem nas filas, que trabalhadores da saúde estão ficando doentes por excesso e péssimas condições de trabalho, etc.

Como se não bastasse, Dilma em seu primeiro ato de governo em 2011 cortou 50 bilhões do orçamento público (record) dos quais 2 bilhões foram da educação e 5 bilhões da saúde pública.

Os nossos representantes dizem que é impossível aumentar os investimentos para a saúde, pois “não tem de onde tirar tanto dinheiro”. Defendem então a criação de um “novo imposto”, parecido com a velha CPMF que era pra ser investida em saúde e foi desviada para o pagamento da Dívida Pública. Na verdade foram retiradas outras fontes quando a CPMF passou a ser cobrada. Deu na mesma, mas algumas pessoas “juram” que a CPMF não foi desviada. E realmente não foi, os outros recursos é que foram...

Nós dizemos que tem dinheiro para garantir de fato uma saúde de qualidade. Para isso é preciso aumentar o investimento em saúde parando de enviar metade do PIB para agiotagem internacional e investindo pesado nesta área.
  
Saúde do Trabalhado

Temos hoje uma epidemia de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, mutilando ou adoecendo nossos trabalhadores. Somente no Paraná em 2011, foram 110 acidentes de trabalho graves por dia. E em Cascavel tivemos 29 mortes no trabalho em 2011. Não é mais possível permitir a continuidade deste verdadeiro genocídio contra a classe trabalhadora em nome da acumulação capitalista.

Nos frigoríficos, cooperativas, abatedouros e indústrias de Cascavel são inúmeros os acidentes e doenças (físicas e psicológicas) do trabalho facilmente comprovados do número de procura por esses trabalhadores nas UBS´s. O ritmo de trabalho é alucinante e a jornada que chega a 10, 12 horas por dia.

A priorização da atenção básica significa também punição a estas empresas e exigência da redução da jornada sem redução de direitos e salários, como também pagamento das horas extras (fim do banco de horas);

Propostas:
É preciso aplicar 100% do orçamento da saúde na saúde pública e parar de enriquecer donos de hospitais e laboratórios privados que sobrevivem do dinheiro público graças à ausência de uma política federal, estadual e municipal de expansão do acesso a atenção primária, construção e ampliação de laboratórios públicos e crescimento do número de leitos em hospitais públicos.
  • Da medicina curativa (biomédica) para medicina preventiva. Focar na promoção e proteção.
  • Trabalho combinado com a epidemiologia municipal para saber quais os principais problemas da saúde da cidade.
  • Investimento maciço na Atenção Primária. É urgente a ampliação das equipes de saúde da família, passando das atuais 10 para 87 (aprox.) até cobrir 100% do município.
  • Fortalecimento e expansão do Laboratório Municipal até garantir que todos os exames sejam feitos no laboratório público.
  • Para acabar com o problema da ausência de leitos defenderemos a construção de um Hospital Público Municipal combinado com ampliação do número de leitos no HU!
  • Melhores condições de trabalho e salário para os trabalhadores da saúde, redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redução do atendimento para a população.
  • Defesa da aplicação de 6% do orçamento bruto da união para a saúde pública! Dilma traiu os trabalhadores e vetou a EC 29 e tenta privatizar a saúde pública! Se o governo cumprisse o que diz a EC 29 destinaria 10% do orçamento bruto pra saúde o que significaria 35 bilhões a mais no setor.
  • O capitalismo é o problema central da saúde pública no Brasil. 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Por que o PSTU é contra a formação de uma Guarda Armada e a Unidades Pacificadora no Interlagos em Cascavel?


Os moradores do bairro Interlagos, na região norte de Cascavel, foram surpreendidos com uma operação integrada da Polícia Militar, Civil, equipes do Choque, Cavalaria e Rádio Patrulha na quinta-feira (21 de Julho). O objetivo da operação, segundo o comando, é “aproximar os policiais da comunidade e ainda diminuir a criminalidade dos bairros”. Este é o método utilizado por Beto Richa (PSDB) e Edgar Bueno (PDT) para combater a violência em Cascavel que assusta a população pelo número de assassinatos de jovens que superou o número de 122 mortos até hoje.

Todos os candidatos a prefeitura (exceto Rosana Nazzari 21), muitos empresários, ligados a ACIC norte, e moradores comuns, reféns de uma situação caótica, defendem que, para acabar com a violência é preciso aumentar o efetivo policial na região e criar a Guarda Armada.

Até o candidato do PT à prefeitura, Prof. Lemos, insiste que precisamos da mais homens armados e câmeras de vigilância para combater a violência em nossa cidade.

Mas será que este tipo de operação - uma maior presença da polícia, câmeras de vigilância e a criação da Guarda Armada - resolverá o problema da violência?

Nós do PSTU não acreditamos nisso. Para nós, este tipo de ação nada mais é do que uma tentativa de criminalização da pobreza. Pelo contrário, esses candidatos prometem criar mais uma forma de violência contra os filhos da classe trabalhadora. Os verdadeiros bandidos não estão nos bairros pobres e não serão reprimidos pela polícia ou guarda municipal pois usam paletó e gravata.


Para enfrentar o problema da violência é preciso mudar o país, a começar por uma mudança radical na política econômica. Precisamos de um plano econômico voltado para as necessidades da ampla maioria (e não de um punhado de banqueiros e empreiteiros) para enfrentar problemas do desemprego, do arrocho salarial e o baixo nível educacional.

O desemprego, por exemplo, pode ser resolvido através de uma série de iniciativas, como um Plano de Obras Públicas, com a construção de 20.000 casas populares para cobrir o déficit habitacional de Cascavel, ou 40 CMEI´s para garantir o direito a educação de todas as crianças que aguardam vagas nas creches (4.200 aprox.), e absorver a mão-de-obra desempregada. Tudo isso com a contratação, via concurso público, de operários da construção civil pela prefeitura, organização de uma empresa   pública e com estímulo aos famosos mutirões.
  Além disso, poderíamos lutar para que a jornada de trabalho se reduza para 36 horas semanais, incorporando assim novos trabalhadores no mercado de trabalho e garantindo mais tempo livre aos trabalhadores.

 O arrocho salarial pode ser enfrentado com a duplicação imediata do salário mínimo, com um plano em direção ao salário do Dieese. E com o reajuste geral dos salários.

O problema educacional pode ser combatido com a aplicação de 10% do PIB na educação pública. Isso possibilitaria programar um plano real de educação para a juventude, assim como integrá-la em atividades de lazer.

Garantir esse plano custaria menos que um terço do que Dilma (PT) vai pagar durante seu governo aos banqueiros com juros e parcelas da dívida pública.

Acabar com a impunidade!

Para acabar com a impunidade é preciso começar prendendo os grandes criminosos, políticos, juízes e policiais corruptos e violentos. Sem atacar a impunidade “dos de cima”, será impossível reprimir o crime. A punição dos políticos corruptos terá, necessariamente, que incluir os grandes burgueses corruptores, com a prisão e a expropriação de seus bens.

Muitos foram os escândalos de corrupção na prefeitura de Cascavel que não foram investigados pela Câmara de Vereadores. O caso do Kit Escolar é um deles.

Acabar com a violência policial!

Quando falamos em acabar com a violência também incluímos aí a violência do aparato repressivo do Estado. Para isso é preciso construir uma polícia civil única organizada de forma completamente diferente das atuais e fundamentalmente desmilitarizada.

Essa nova polícia será controlada democraticamente pela população, com delegados eleitos. Os policiais terão direito de sindicalização e greve para possibilitar um ambiente democrático em que os soldados controlem seus superiores pra acabar com as humilhações que sofrem, com salários dignos e condições de trabalho no mesmo nível do restante do funcionalismo público. Os maus policiais serão punidos exemplarmente, em processos acompanhados pela comunidade.

Devem ser criados, também, grupos comunitários de autodefesa, encarregados de controlar e trabalhar com a nova polícia nos bairros populares. Esses grupos seriam formados por associações de bairros, sindicatos e organizações populares.

Acabar com a repressão a juventude pobre e negra da periferia! 

Drogas é um problema de saúde pública e não de polícia!

Quase 90% dos assassinatos em Cascavel são decorrentes da violência do tráfico ou da repressão pela polícia. Em sua maioria quem morre são jovens, pobres, homens e negros. 

A proibição e repressão, como política de combate ao tráfico, mata mais do que a ação da própria droga. É como se tivéssemos uma epidemia de gripe em que fosse receitado um medicamento que mata mais do que a própria gripe. Uma política fracassada, irracional e irresponsável. Um genocídio contra a juventude negra e pobre da periferia.

Precisamos avançar desta postura infantil e encarar o papel das drogas em todas as culturas incentivando o uso adequado e desestimulando compulsão e irresponsabilidades. 

Plantas de cultivo milenar como canabis, coca e papoula são proibidos, porem libera-se a propaganda abusiva, durante o intervalo do jogo de futebol, de psicoativos que provocam acidentes de carro e mortes. Para ampliar vendas, a indústria alia-se a concepções que enxergam estados mentais como “doenças” que só poderiam ser tratadas com “remédios”. Daí o abuso de Rivotril, Fluxetina, calmantes e relaxantes musculares.

O problema das drogas se resolve com saúde pública e não polícia! 

Só a legalização e o controle público da produção e distribuição afastariam o crime organizado e criariam um fundo público para financiar a saúde e atendimento aos abusadores (dependentes). A produção de medicamentos e psicoativos não pode funcionar sob a lógica do lucro.

Precisamos descriminalizar as drogas para acabar com o submundo do narcotráfico e tratar os dependentes químicos (abusadores). 

Com a disponibilização de uma equipe técnica que acompanhe os doentes e colaborem para sua cura. A aplicação do método de Redução de Danos para os casos crônicos deve também ser analisada.
Porem, pra acabar de vez com a relação doentia de nossa juventude com as drogas é preciso garantir que tenham perspectiva de vida. Isso quer dizer, emprego e salário digno, moradia, saúde e educação de qualidade, ou seja, tudo que no capitalismo lhes é omitido.

Só com investimentos pesados que garantam uma verdadeira distribuição da riqueza de nosso país combateremos de fato o abuso de drogas pela nossa juventude e todo tipo de violência em decorrência disso. 

A política de proibir, criminalizar e reprimir vem demonstrando nos últimos 50 anos um completo fracasso.

Propostas:
  • Lutar por uma mudança na política econômica do governo federal para assegurar salário, emprego e educação para todos que de perspectiva de vida a nossa juventude;
  • Plano de Obras Públicas através de uma empresa pública de construção civil que empregue a juventude e construa as mais de 40 creches, Centros de Lazer em todos os bairros, Casas Abrigo e as mais de 20.000 casas necessária para acabar com o déficit habitacional de Cascavel.
  • O problema das drogas se resolve com saúde pública e não com repressão! Postura não-infantil exige encarar papel das drogas em todas as culturas, incentivando usos adequados e desestimulando compulsão e irresponsabilidade;
  • Defesa da descriminalização das drogas para acabar com o submundo do narcotráfico e tratar os dependentes químicos. Legalização e controle público afastariam o crime organizado. Criaria fundo público para financiar a Saúde – inclusive atendimento aos dependentes;
  • Aplicação do método de Redução de Danos para os casos mais crônicos.
  • Defesa da desmilitarização da polícia e construção de nova polícia única e civil, controlada pela comunidade, com delegados eleitos, com direitos trabalhistas aos policiais, inclusive o de sindicalização e greve.
  • Prisão e expropriação dos bens dos maiores ladrões: os políticos e empresários corruptos.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Reforma Política radical para combater a corrupção!


Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - PSTU:
Cascavel para os trabalhadores!


No último ano tivemos várias acusações envolvendo o prefeito e alguns vereadores em casos de corrupção (Kit Escolar) e os funcionários fantasmas. Ninguém até agora foi julgado ou preso e todos continuam com seus mandatos e ganhando altos salários.

A origem da corrupção vem das relações que os governos têm com as empresas privadas que começa com o financiamento milionário das campanhas. Os empresários financiam vários candidatos, principalmente aqueles que despontam nas pesquisas e depois da campanha eleitoral cobram a fatura.

Por isso, nós do PSTU defendemos uma Reforma Política que garanta o financiamento público das campanhas. Alem disso defendemos que os trabalhadores tenham o direito de mudar seus governantes sempre que estes não cumpram suas promessas ou se envolvam em corrupção!
Também defendemos o fim dos privilégios. Na última sessão do ano da Câmara de Vereadores de 2011 os vereadores aprovaram aumento de seus próprios salários. Os legisladores receberão em 2013 R$ 9.600,00 – 55% a mais que os atuais R$ 6.192,00. Já o presidente da Câmara receberá R$ 13.500,00. Enquanto isso um operário da construção civil ganha em média R$ 1.000,00 mensais. Defendemos que o salário dos parlamentares não ultrapasse o salário médio de um operário qualificado na cidade.

Enquanto isso a população está endividada, com baixos salários e os serviços públicos sucateados. A saúde está um caos, o HU vive lotado, as UPA´s não dão conta de atender toda a população; a educação pior ainda, com escolas ameaçando de desabarem, trabalhadores sobrecarregados e com problemas de saúde.

Defendemos a seguinte reforma política:
  • Que prefeito, vereadores e secretários devem receber o mesmo salário quer recebiam antes de serem eleitos ou nomeados. Utilizaremos como parâmetro o Mínimo do DIEESE (Aprox. 2.200,00).
  • Financiamento Público das campanhas eleitorais!
  • Mandatos revogáveis!
  • Prisão para corruptos e corruptores e devolução do dinheiro do povo!
  • Mesmo tempo de TV e rádio para todos os candidatos.